Economia brasileira recua 0,1% em julho, mas acumula alta de 3,4% no trimestre móvel

Fundação Getulio Vargas aponta crescimento de 5,4% em julho em comparação ao mesmo mês de 2023.

Da Redação
16/09/24 • 11h40

A economia brasileira registrou uma leve queda de 0,1% na passagem de junho para julho de 2024, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (16) pelo Monitor do Produto Interno Bruto (PIB) da Fundação Getulio Vargas (FGV). Apesar do recuo pontual, o trimestre móvel encerrado em julho acumulou alta de 3,4% em comparação com o mesmo período de 2023.

Na comparação anual, o PIB cresceu 5,4% em julho de 2024 frente ao mesmo mês do ano anterior. Em 12 meses, o crescimento foi de 2,7%.

Juliana Trece, coordenadora da pesquisa, destacou que a retração de 0,1% interrompeu uma sequência de oito meses consecutivos de crescimento. No entanto, ela ressalta que a queda foi de pequena magnitude, ocorrendo após um forte crescimento de 1,6% em junho, o maior do ano até o momento.

A pesquisa também mostrou que setores como a indústria e o consumo das famílias, que impulsionaram o PIB no segundo trimestre, apresentaram recuo em julho. Por outro lado, o setor de serviços e os investimentos continuaram a crescer. O setor de serviços, que representa a maior parte da economia, manteve seu ritmo de crescimento, enquanto os investimentos, medidos pela Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), avançaram 6%, com destaque para máquinas e equipamentos.

As exportações apresentaram um aumento de 0,7%, mas desaceleraram em comparação com trimestres anteriores. No trimestre móvel encerrado em abril, as exportações haviam crescido 11,8%. A desaceleração foi atribuída à redução da contribuição positiva dos produtos agropecuários. As importações, por sua vez, cresceram 16%, o maior resultado do ano, impactando negativamente o PIB.

A FGV estima que o PIB acumulado até julho de 2024 seja de R$ 6,587 trilhões. Além do Monitor do PIB da FGV, outro indicador que avalia o desempenho econômico é o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que registrou uma queda de 0,4% em julho. Mesmo com essa retração, o trimestre móvel encerrou com crescimento de 3,2% em relação ao ano anterior.