Poder
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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou neste domingo (11) estar disposto a iniciar negociações diretas com a Rússia ainda nesta semana, desde que Moscou aceite um cessar-fogo imediato e incondicional. A declaração foi feita em resposta à proposta apresentada pelo presidente russo, Vladimir Putin, que sugeriu uma reunião na Turquia, na próxima quinta-feira (15).
“Não faz sentido continuar a matança nem por um único dia. Esperamos que a Rússia confirme um cessar-fogo completo, duradouro e confiável a partir de amanhã, 12 de maio, e a Ucrânia está pronta para se reunir”, escreveu Zelensky em publicação no X (antigo Twitter).
O chefe de gabinete do governo ucraniano, Andriy Yermak, reforçou a exigência de um cessar-fogo de 30 dias como condição para avançar com o diálogo. A resposta foi dada em publicação no Telegram, após o Kremlin propor Istambul como local das negociações.
A nova rodada de tensões e articulações diplomáticas ocorreu após uma visita conjunta a Kiev dos líderes do Reino Unido, França, Alemanha e Polônia, no sábado (10). Ao lado de Zelensky, os líderes europeus conversaram por telefone com o presidente norte-americano Donald Trump, antes de uma coletiva de imprensa na capital ucraniana.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, declarou que, caso a Rússia recuse o cessar-fogo, as potências ocidentais responderão com novas sanções e aumento da ajuda militar à Ucrânia. “Responderemos trabalhando com o presidente Trump e todos os nossos parceiros”, afirmou.
Já Vladimir Putin respondeu ao ultimato durante a madrugada deste domingo, em uma declaração oficial no Kremlin, por volta das 2h no horário local. O presidente russo acusou Kiev de romper trégua anteriores, mas disse estar aberto a negociações sérias, com foco nas “causas profundas do conflito”. “Apesar de tudo, estamos prontos para conversar. Istambul é nossa proposta para um encontro no dia 15”, declarou.