Poder
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A votação do Orçamento da União de 2025 na Comissão Mista de Orçamento (CMO), inicialmente prevista para esta quarta-feira (19), foi adiada para sexta-feira (21). Para entrar em vigor, o projeto ainda precisa passar por votação nos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado, além da sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A conclusão da votação no Congresso pode ser postergada para abril, devido a uma viagem ao Japão dos presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, que devem acompanhar o presidente Lula.
Motivo do adiamento
O presidente da CMO, deputado Júlio Arcoverde (PP-PI), afirmou que o adiamento ocorreu devido aos “inúmeros ofícios” enviados pelo Ministério do Planejamento desde a última sexta-feira (14), sugerindo mudanças no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA).
“As alterações levam os técnicos da consultoria de Orçamento a praticamente rever todo o texto do relatório final do senador Ângelo Coronel (União-BA). Mas o importante é que agora estamos prontos para concluir nossa missão”, declarou Arcoverde.
O relator do PLOA 2025, senador Ângelo Coronel, explicou que ainda aguarda um novo ofício do Executivo. “Ontem surgiu um novo ofício do Banco Central para atender questões do Pix. A Casa Civil também pediu para aguardar mais um pouco para enviar um novo ofício no dia de hoje. Então, estou esperando para enviar para consultoria para fechar o orçamento. Isso vai depender da demora do governo”, afirmou o senador à Rádio Senado.
Novo cronograma
O novo cronograma prevê:
•Quarta-feira (19): reunião de líderes da CMO;
•Quinta-feira (20): apresentação e leitura do parecer do relator, com abertura do prazo para apresentação de destaques pelos partidos;
•Sexta-feira (21): votação do PLOA na Comissão Mista de Orçamento.
Votação final pode ficar para abril
O adiamento na CMO pode transferir a votação nos plenários da Câmara e do Senado para a semana seguinte. O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), havia informado que o acordo era para concluir a votação até 28 de março.
No entanto, o senador Ângelo Coronel indicou que o prazo pode ser estendido devido à viagem ao Japão dos presidentes das Casas Legislativas. “Provavelmente, nós vamos pular a semana que vem e deixar para votar a partir do dia 30 com o retorno do presidente Hugo Motta e do presidente Davi Alcolumbre”, declarou o relator.
A Constituição Federal determina que o Orçamento seja votado até o final do ano anterior, mas a falta de acordo adiou a apreciação do projeto para 2025.