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Um apagão geral atingiu Portugal a partir das 11h30 desta segunda-feira (28), afetando aeroportos, telecomunicações, hospitais, bancos, transportes e outros serviços essenciais. A falha também impactou a Espanha e parte do território francês.
O Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) de Portugal informou que, até o momento, não foram identificados indícios de ciberataque relacionados à falha elétrica. A informação refuta rumores que circulavam nas redes sociais e em aplicativos de mensagens.
Por outro lado, Juan Manuel Moreno, presidente do governo regional da Andaluzia, na Espanha, citado pelo El País disse esta manhã que “tudo aponta para um ataque cibernético”. Embora ainda não haja uma explicação oficial, o Centro Nacional de Inteligência espanhol também investiga essa possibilidade.
A lusitana REN (Redes Energéticas Nacionais) confirmou o corte maciço no abastecimento e afirmou que os planos de restabelecimento da energia estão sendo executados por etapas, em coordenação com operadores espanhóis. A Segundo a operadora elétrica da Espanha, o restabelecimento completo da energia pode levar entre seis e dez horas.
O Conselho de Ministros de Portugal se reuniu de forma emergencial na residência oficial do primeiro-ministro Luís Montenegro para tratar da situação. O Ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, apelou à população para manter a tranquilidade, ressaltando que ainda não há causas oficialmente estabelecidas para o apagão.
A Comissão Europeia informou que está em contato com autoridades de Portugal e Espanha, além da rede europeia de operadores, para compreender as causas e o impacto da falha elétrica.
Em relação aos aeroportos, Lisboa foi o mais afetado, com restrições no acesso ao terminal e atrasos nas partidas. A ANA, operadora do terminal, relatou que geradores de emergência garantem o funcionamento essencial nos aeroportos do Porto e de Faro, enquanto Madeira e Açores não registraram impactos significativos até o momento.
Nos dois países, o sistema de saúde segue funcionando, já que os hospitais contam com geradores de energia de reserva para cortes de luz. Contudo, muitas unidades têm optado por suspender o atendimento eletivo, mantendo apenas as urgências e emergências.
Devido ao apagão generalizado na península, a Direção Geral de Trânsito (DGT) de Madri pediu à população que evite usar o carro, salvo em casos de extrema necessidade, devido ao risco de acidentes. “A falta de fornecimento elétrico impede o funcionamento de semáforos e painéis de sinalização”. Em alguns pontos, policiais estão controlando o trânsito manualmente. Na capital espanhola, a principal rede de túneis da cidade está fechada.
Em ambos os países, o funcionamento do metrô foi interrompido devido à falta de eletricidade. Além disso, o prefeito madrilenho José Luis Martínez-Almeida informou que foram registradas 150 ocorrências em elevadores na cidade. Em Barcelona, ocorreram pelo menos 23 evacuações na rede de metrô.
Além das infraestruturas, do comércio e das telecomunicações, a grande indústria também enfrenta dificuldades para manter as operações. As fabricantes de automóveis Seat e Ford interromperam suas linhas de produção. Outros complexos industriais, como o polo petroquímico de Tarragona, ativaram o protocolo de parada segura.