A partir desta segunda-feira (4), a vacina contra a poliomielite será administrada exclusivamente na forma injetável em todo o Brasil. A mudança foi implantada pelo Ministério da Saúde e, no Ceará, contou com o apoio da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), que coordenou a substituição da vacina oral, popularmente conhecida como “gotinha”, pelo imunizante injetável. A nova forma de aplicação utiliza apenas partículas do vírus, oferecendo maior segurança, conforme destaca a coordenadora de Imunização do Ceará, Ana Karine Borges.

O esquema vacinal atual segue as etapas: a 1ª dose aos 2 meses, a 2ª aos 4 meses, a 3ª aos 6 meses e uma dose de reforço aos 15 meses. Essa mudança reduz o número de reforços, que anteriormente incluía uma dose adicional aos 4 anos.

A coordenadora Ana Karine reforça a importância da imunização para garantir a proteção das crianças contra a poliomielite, uma doença grave que pode causar paralisia. “Apesar de não haver registro de casos no Brasil desde 1989, é essencial manter a vacinação para evitar riscos de retorno da doença, especialmente em regiões do mundo onde o vírus ainda circula”, enfatiza.

Embora a vacina oral tenha sido descontinuada, o icônico personagem Zé Gotinha continuará presente nas campanhas de vacinação para simbolizar a importância da imunização.

No dia 9 de novembro, a primeira mobilização com o novo esquema será realizada, com recomendação para que todos os municípios façam uma busca ativa das crianças que ainda não receberam a dose de reforço.

A poliomielite é causada por um vírus altamente contagioso que se transmite pelo contato com fezes ou secreções de pessoas infectadas. Em casos graves, pode provocar paralisia dos membros inferiores.