Ceará
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A Universidade Federal do Ceará (UFC) anunciou sua adesão ao mercado livre de energia, permitindo a compra direta de eletricidade de produtores, com preferência por fontes renováveis. A decisão, oficializada na última terça-feira (19), durante cerimônia no Auditório Antônio Martins Filho, marca a transição da instituição do mercado cativo, onde a energia é fornecida por uma única distribuidora (Enel, no Ceará), para um modelo mais competitivo e sustentável.
O contrato com a empresa RZK, vencedora de licitação, prevê que 90% da demanda energética da UFC será atendida pelo novo modelo, com uma economia estimada entre R$ 4 milhões e R$ 5 milhões anuais, equivalente a 21% do custo atual. A mudança entrará em vigor entre abril e maio de 2025, após o período legal de 160 dias para a transição.
De acordo com João Guilherme Matias, pró-reitor de Planejamento e Administração, os recursos economizados serão direcionados à recuperação e modernização das instalações elétricas da universidade, especialmente em prédios com alto consumo de energia.
Além da economia, a adesão ao mercado livre está alinhada com uma nova política energética da instituição, que inclui a criação da Secretaria de Gestão Energética, ainda em análise pelo Conselho Universitário (CONSUNI). Caso aprovada, a secretaria será liderada pelo Prof. Luiz Henrique Barreto, que destacou o potencial de autossuficiência energética da UFC, a partir de investimentos futuros em fontes renováveis, como energia solar e biomassa.
Essa iniciativa também contempla a adequação da infraestrutura elétrica para projetos de expansão da universidade, como a nova unidade de saúde do Complexo Hospitalar da UFC, e a aquisição de equipamentos de alta demanda energética. “Nossa meta é tornar a UFC referência em eficiência energética e sustentabilidade no setor público”, afirmou Luiz Henrique.