Turismo brasileiro cresceu quase 8% em 2023, aponta pesquisa

O levantamento feito pela FecomercioSP indica um faturamento de aproximadamente R$ 189,4 bilhões

Da Redação
20/03/24 • 11h30

Turismo brasileiro teve faturamento de quase R$ 190 bilhões em 2023 (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

O turismo brasileiro teve um crescimento significativo no ano passado, registrando um aumento de 7,8% e um faturamento de aproximadamente R$ 189,4 bilhões, de acordo com dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Esse resultado representa uma consolidação da recuperação do setor, um dos mais afetados pela pandemia.

O mês de dezembro se destacou com um aumento de 1,1% em relação ao mesmo período de 2022, alcançando um incremento de R$ 18,1 bilhões, o melhor resultado mensal desde o início da pandemia.

No desempenho anual, o crescimento foi impulsionado principalmente pelo setor de locação de meios de transporte, que teve um aumento de 18,3%, enquanto as viagens rodoviárias foram o único segmento a apresentar queda, com -4%.

No mês de dezembro, o destaque ficou para o segmento de alojamento, com crescimento de 15,7%, e para o transporte aéreo, com 4,4% de aumento. As agências de veículos também tiveram um bom desempenho, com crescimento de 10,8%, assim como o setor de alimentação, que registrou um aumento de 8%. Por outro lado, o transporte rodoviário teve uma queda de 19,9% em relação a dezembro de 2022.

Os dados foram obtidos a partir da Pesquisa Anual de Serviços, com informações atualizadas pela Pesquisa Mensal de Serviços, ambas do IBGE, e corrigidas mensalmente pelo IPCA. O estudo considerou atividades relacionadas total ou parcialmente ao turismo.

Apesar dos resultados positivos e da expectativa de melhora na economia familiar, o setor expressa preocupação com o possível fim do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). A Fecomercio destaca a importância desse programa para o segmento, argumentando que contribuiu significativamente para a manutenção de investimentos, a renegociação de dívidas e a geração de empregos após o período pandêmico.