Empresas aéreas manifestam preocupação com possível retorno do horário de verão

Entidades pedem prazo mínimo de 180 dias para ajustar operações e evitar impactos no transporte aéreo.

Da Redação
25/09/24 • 20h35

As companhias aéreas pedem um prazo mínimo de 180 dias entre o decreto de adoção e o início da mudança do horário. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Na terça-feira (24), associações de empresas aéreas divulgaram uma nota expressando preocupação com a possível retomada do horário de verão no Brasil, sem prazo adequado para adaptar questões operacionais e logísticas do setor. O comunicado, assinado por entidades como a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), a Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (ALTA), a International Air Transport Association (IATA) e a Junta de Representantes das Companhias Aéreas Internacionais do Brasil (JURCAIB), solicita um prazo mínimo de 180 dias entre o decreto de adoção e o início da mudança do horário.

Segundo as aéreas, a alteração repentina poderá causar impactos significativos para os passageiros, comprometendo a conectividade do país. “A entrada súbita do horário de verão causará, por parte das empresas aéreas brasileiras, alterações de horários em cidades brasileiras e internacionais que não aderem à nova hora legal de Brasília. Isso mudará a hora de saída/chegada dos voos, podendo gerar a perda do embarque pelos clientes por apresentação tardia e eventual perda de conectividade”, alerta o comunicado.

As associações também destacam que a falta de comunicação prévia pode resultar em grandes transtornos, especialmente durante a temporada de verão e festas de fim de ano, já que os horários dos voos são definidos e comercializados com meses de antecedência.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) recomendou o retorno do horário de verão, sugerindo que isso pode reduzir até 2,9% da demanda máxima de energia elétrica e gerar uma economia de aproximadamente R$ 400 milhões para a operação do Sistema Interligado Nacional (SIN) entre os meses de outubro e fevereiro. No entanto, o governo federal ainda está analisando a viabilidade da medida.