Turismo
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O turismo de eventos em Fortaleza registrou impacto econômico de R$ 975 milhões em 2024, consolidando a capital como um dos principais destinos nacionais para congressos, feiras e competições esportivas. Os dados são do Relatório de Impacto Econômico do Turismo de Eventos em Fortaleza, elaborado pela Setfor, Visite Ceará e Unifor.
Segundo o estudo, foram identificados 2.391 eventos realizados, reunindo mais de 414 mil participantes. Desse total, 63% eram turistas, o que corresponde a 261,2 mil visitantes que se deslocaram até Fortaleza para participar das programações.
O gasto médio diário do turista foi de R$ 777,67, com destaque para hospedagem (38,5%), alimentação (22,8%), compras (15,1%) e entretenimento (13,3%). No total, cada visitante desembolsou em média R$ 3.732,86 durante 4,8 dias de permanência.
Com base na matriz de insumo-produto da economia local, o relatório aponta que os gastos resultaram em um Valor Bruto da Produção de R$ 1,32 bilhão, VAB de R$ 753,7 milhões e arrecadação tributária de R$ 107,5 milhões. Além disso, foram criados aproximadamente 114 mil empregos diretos e indiretos.
O levantamento mostra que 59% dos participantes eram mulheres e a maioria tinha entre 25 e 44 anos. O público também apresentava alto nível de escolaridade, com mais de 70% possuindo ensino superior ou pós-graduação, além de renda superior a 4 salários mínimos em 50,8% dos casos.
A pesquisa revela ainda que 63,5% se hospedaram em hotéis ou flats e 59,8% chegaram de avião. Já dentro da cidade, 63,7% usaram aplicativos de transporte. Entre as cidades emissoras, destacaram-se São Paulo, Natal, Rio de Janeiro, Recife e São Luís.
Metade dos visitantes prolongou sua estadia após os eventos, sendo que 76% declararam o lazer como principal motivação. Os destinos mais visitados no Ceará além da capital foram Jericoacoara, Beberibe e Canoa Quebrada, reforçando a integração entre turismo de negócios e de lazer.
O relatório indica que Fortaleza tem potencial para ampliar a captação de eventos internacionais, investir em pacotes de negócios aliados ao lazer e fortalecer a qualificação de serviços turísticos. A análise recomenda também reforço em marketing digital nas regiões Nordeste e Sudeste e o desenvolvimento de experiências premium para turistas com maior poder aquisitivo.