O Trump Media & Technology Group, empresa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a plataforma de vídeos Rumble entraram com uma ação em um tribunal dos Estados Unidos contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A ação foi anunciada em comunicado neste domingo (23), dias após Moraes ordenar a suspensão da plataforma Rumble no Brasil.

A decisão de Moraes foi tomada na sexta-feira (21) após as empresas processarem o ministro no Tribunal Distrital de Tampa, alegando que suas decisões configuram censura ilegal e violam a soberania e as leis dos EUA. As empresas argumentam que as ordens do ministro “violam a soberania americana, a Constituição dos EUA e as leis do país”.

Na declaração, as empresas afirmaram que Moraes ameaçou com acusações criminais o CEO da Rumble, Chris Pavlovski. O ministro determinou que a plataforma seja suspensa no Brasil até que ela nomeie um representante legal no país, conforme exigido pela legislação local, e que sejam quitadas as multas pendentes.

A medida também incluiu o bloqueio da conta do influenciador digital Allan dos Santos, ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, e a suspensão da monetização de seu perfil. Allan dos Santos, que atualmente reside nos Estados Unidos, é considerado fugitivo no Brasil e está sendo investigado por disseminação de informações falsas e suposto discurso de ódio.

Moraes contra ataques à democracia

O ministro Alexandre de Moraes tem liderado ações contra a desinformação e os ataques à democracia, principalmente durante o governo de Jair Bolsonaro. A atuação de Moraes atraiu a atenção e críticas de figuras como Elon Musk, proprietário da rede X (antigo Twitter), que também esteve envolvida em disputas judiciais no Brasil.