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Trump inicia deportações em massa e enfrenta bloqueio judicial em nova ordem executiva

Operações de deportação em larga escala e medida contra cidadania para filhos de imigrantes geram polêmica nos primeiros dias do novo mandato de Donald Trump.
538 pessoas foram detidas nos Estados Unidos na ação de deportação que é tida como “a maior da história”. (Foto: José Luiz Gonzalez)

A administração de Donald Trump iniciou uma série de operações de deportação em massa poucos dias após o início de seu novo mandato. Na noite de quinta-feira (23), 538 pessoas foram detidas e centenas deportadas em aviões do Exército, segundo a Casa Branca. Karoline Leavitt, porta-voz do governo, anunciou que a operação é “a maior da história” e parte das promessas de campanha de Trump para conter a imigração ilegal, considerada por ele uma “emergência nacional”.

Durante sua campanha, Trump prometeu endurecer as leis imigratórias e, já no primeiro dia de sua presidência, assinou ordens executivas destinadas a impedir a entrada de imigrantes no país. No entanto, as operações geraram reações negativas, como no caso da cidade de Newark, onde autoridades locais criticaram a abordagem dos agentes imigratórios por não apresentarem mandados durante as detenções.

Ordem executiva e bloqueio judicial

No mesmo dia, um juiz federal bloqueou temporariamente uma ordem executiva de Trump que negava a cidadania americana a crianças nascidas nos Estados Unidos, cujos pais estão em situação irregular no país. A medida de Trump busca reverter o direito assegurado pela 14ª Emenda da Constituição, que garante cidadania a todos os nascidos em solo americano.

A ordem assinada por Trump proíbe que agências reconheçam a cidadania de crianças nascidas após 19 de fevereiro de 2025, caso seus pais sejam imigrantes ilegais. A medida enfrenta forte oposição de 22 estados e grupos de defesa dos direitos dos imigrantes, que consideram a ordem “flagrantemente inconstitucional”, segundo o juiz federal John Coughenour.

Próximos passos e tensão política

O bloqueio temporário da ordem executiva é válido por 14 dias, período no qual ambas as partes apresentarão mais argumentos. Uma decisão sobre a validade da medida a longo prazo está prevista para o dia 6 de fevereiro.

Enquanto o Departamento de Justiça defende que a ordem reforça as leis imigratórias, opositores, como o procurador-geral de Washington, Nick Brown, argumentam que a cidadania garantida pela 14ª Emenda é um princípio fundamental. “Uma pessoa é cidadã americana se nascer em solo americano, ponto final”, afirmou Brown, pedindo ações imediatas para proteger os direitos das crianças.

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