Poder
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O presidente norte-americano Donald Trump confirmou nesta quarta (15) que autorizou a CIA a conduzir operações secretas na Venezuela, marcando uma forte escalada nos esforços dos Estados Unidos para pressionar o regime do presidente Nicolás Maduro. Além disso, o New York Times relatou pela primeira vez a diretriz confidencial, citando várias autoridades norte-americanas familiarizadas com a decisão.
Trump disse que autorizou as ações porque grandes quantidades de drogas estavam entrando nos Estados Unidos vindas da Venezuela, grande parte delas traficadas por via marítima. Nesse sentido, o presidente afirmou: “Estamos olhando para a terra agora, porque temos o mar muito bem sob controle”.
Questionado por que ele não pediu à Guarda Costeira que parasse os barcos suspeitos de tráfico de drogas, prática dos EUA há décadas, Trump chamou esses esforços de “politicamente corretos” e disse que não haviam funcionado. Por isso, ele optou por uma abordagem mais agressiva, envolvendo a CIA em operações terrestres.
“Acho que a Venezuela está sentindo o calor…”, acrescentou, mas não quis responder quando perguntado se a CIA tem autoridade para executar Maduro. Além disso, Trump acusou a Venezuela de liberar um grande número de prisioneiros, incluindo indivíduos de instalações de saúde mental, para os Estados Unidos, embora ele não tenha especificado qual fronteira eles estavam cruzando.
Nem o Ministério da Informação de Maduro nem os representantes da imprensa da líder da oposição María Corina Machado responderam imediatamente aos pedidos de comentários sobre as falas de Trump. Desse modo, a tensão entre os dois países se intensifica sem diálogo oficial aparente.
Desde setembro, os Estados Unidos vêm deslocando navios e um submarino militares para a costa venezuelana, sob o argumento do “combate às drogas”, enquanto acusa o governo de Nicolás Maduro de liderar um cartel narcotraficante. Entretanto, Maduro rejeita as acusações e diz que Washington usa esse argumento para promover uma “troca de regime” do país sul-americano, dono das maiores reservas de petróleo do mundo.