Economia
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As novas tarifas dos Estados Unidos sobre aço e alumínio entraram em vigor nesta quarta-feira (12), ampliando as barreiras comerciais impostas pelo presidente Donald Trump e provocando reações imediatas de países aliados e parceiros comerciais. A medida impõe taxas de 25% sobre todas as importações desses metais e estende a cobrança a centenas de produtos derivados, como parafusos, lâminas de escavadeiras e latas de alumínio.
Reação internacional e retaliação europeia
O impacto da nova política gerou respostas rápidas de grandes economias mundiais. A Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia (UE), anunciou que adotará tarifas sobre € 26 bilhões em produtos norte-americanos a partir do próximo mês. A presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, declarou que está disposta a negociar com os EUA, mas destacou que novas barreiras comerciais podem prejudicar a economia global.
A China também criticou a medida e prometeu tomar todas as ações necessárias para proteger seus interesses comerciais. O governo do Japão alertou que a decisão pode impactar negativamente as relações econômicas entre os dois países.
Reação de países aliados
Canadá, Reino Unido e Austrália, historicamente aliados dos Estados Unidos, rejeitaram a imposição das tarifas. O governo canadense afirmou que estuda medidas recíprocas, enquanto o ministro do Comércio britânico, Jonathan Reynolds, disse que “todas as opções estão sobre a mesa” para proteger os interesses do Reino Unido.
O primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, classificou a decisão como contrária ao espírito da parceria bilateral, mas descartou aplicar tarifas retaliatórias, argumentando que a escalada comercial pode desacelerar o crescimento econômico global e elevar a inflação.
Impacto nos mercados e no comércio
A nova rodada de tarifas reforça a estratégia protecionista de Trump, que busca fortalecer a indústria norte-americana de metais. No entanto, especialistas alertam que a política pode resultar em custos mais altos para o consumidor, além de dificuldades para setores dependentes dessas matérias-primas, como o automotivo e o da construção civil.
As tensões comerciais já impactam os mercados financeiros. A incerteza sobre o futuro das relações comerciais dos EUA fez com que bolsas de valores e moedas de mercados emergentes registrassem oscilações. Além disso, o governo norte-americano adotou uma fiscalização mais rigorosa das importações, bloqueando isencões fiscais antes do prazo oficial, o que gerou reclamações de empresas afetadas pela medida.