Economia
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Um marco para a infraestrutura do Nordeste, a Ferrovia Transnordestina iniciou nesta semana a fase de testes para o transporte de cargas. A primeira composição, com uma locomotiva e 20 vagões carregados de milho, começou a percorrer o trecho de 585 km que liga Bela Vista do Piauí (PI) a Iguatu. A medida é um passo decisivo para o início da operação comercial.
A fase de testes foi autorizada após o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) conceder a Licença de Operação (LO) para o trecho. Segundo a concessionária Transnordestina Logística (TLSA), o início oficial das operações comerciais será programado em conjunto com os governos Federal, do Ceará e do Piauí.
Projetada para cargas de alto desempenho, a ferrovia será um vetor para o escoamento de grãos, minérios e contêineres. “A partir do momento que essa ferrovia chegar no Porto de Pecém (CE), ela ganha uma nova escala, uma nova possibilidade, inclusive mais oportunidades para a gente viabilizar outras expansões”, destacou Eduardo Tavares, secretário Nacional de Fundos e Instrumentos Financeiros do MDIR.
Para otimizar o escoamento da produção, está prevista a instalação de seis a oito terminais logísticos em pontos estratégicos, como Eliseu Martins (PI), Salgueiro (PE) e Missão Velha (CE).
O principal deles será no Porto do Pecém (CE), com o TUP NELOG, um terminal de uso privado do Grupo CSN orçado em R$ 900 milhões, que conectará a Transnordestina (TLSA) à malha já existente da Ferrovia Transnordestina Logística (FTL), facilitando o acesso ao porto. A TLSA também investirá R$ 50 milhões no terminal de Bela Vista (PI), enquanto outros, como Iguatu e Quixeramobim, serão desenvolvidos em parceria com a iniciativa privada.