Economia
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As vendas de títulos públicos pelo Tesouro Direto atingiram R$ 6,77 bilhões em setembro de 2024, o terceiro maior valor mensal desde a criação do programa, em 2002. O montante só ficou atrás de agosto deste ano, quando as vendas somaram R$ 8,01 bilhões, e de março de 2023, com R$ 6,84 bilhões.
Embora o resultado de setembro represente uma queda de 15,5% em relação ao mês anterior, houve um aumento expressivo de 111,7% na comparação com setembro de 2023. Os números foram impactados pelo vencimento de títulos de longo prazo atrelados à Taxa Selic, que foram substituídos por novas emissões.
Os títulos mais procurados foram os vinculados aos juros básicos, que representaram 57,1% das vendas. Papéis corrigidos pela inflação corresponderam a 30%, enquanto os prefixados somaram 9,1%. O Tesouro Renda+ e o Tesouro Educa+, lançados para fins específicos, representaram 2,6% e 1,2% das vendas, respectivamente.
A elevada Taxa Selic, atualmente em 11,25% ao ano, tem sido um fator decisivo para a atratividade dos títulos públicos. Papéis atrelados à inflação também ganharam destaque devido à expectativa de aumento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nos próximos meses.
O estoque total do Tesouro Direto chegou a R$ 143,12 bilhões no fim de setembro, marcando uma alta de 1,11% em relação ao mês anterior e de 16% na comparação anual. As vendas superaram os resgates em R$ 582,3 milhões no último mês.
O número de investidores ativos cresceu 10,9% em 12 meses, alcançando 2.666.035. Pequenos investidores continuam dominando o programa, com 79,2% das operações envolvendo valores de até R$ 5 mil. O valor médio por operação foi de R$ 8.333,51, impulsionado pela troca de títulos vinculados à Selic.
A maioria das vendas foi de papéis com vencimento em até 5 anos, correspondendo a 79,1% do total. Títulos com prazo entre 5 e 10 anos representaram 6,9%, enquanto aqueles com mais de 10 anos somaram 14%.