Economia
Economia
O Conselho Deliberativo da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) definiu, nesta quarta-feira (11), as diretrizes e prioridades do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) para 2025. Com um orçamento de R$ 47,3 bilhões, o plano prioriza setores estratégicos como indústria, infraestrutura e agricultura, além de regiões como o semiárido e municípios-polo.
A indústria receberá R$ 5,67 bilhões, representando 12% da programação, enquanto a agricultura e a pecuária juntas somam R$ 20,5 bilhões. Outros setores contemplados incluem comércio e serviços (R$ 9,9 bilhões) e infraestrutura (R$ 9,5 bilhões). Segundo o superintendente da Sudene, Danilo Cabral, o direcionamento do fundo alinha-se à Nova Indústria Brasil (NIB) e ao Plano de Transformação Tecnológica.
O presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara, destacou o aumento na destinação de recursos para micro e pequenos empreendedores, que receberão 62% do total do FNE, ante 51% em 2022. O orçamento de 2025 também representa um crescimento de 18,6% em relação à estimativa inicial de 2024.
A Bahia lidera a distribuição por estado, com R$ 9,98 bilhões, seguida pelo Ceará (R$ 6,31 bilhões) e Pernambuco (R$ 5,64 bilhões). Além disso, foram aprovadas diretrizes para incentivar projetos no semiárido (R$ 24,1 bilhões), áreas de integração regional e regiões de baixa renda.
O ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, anunciou a realização de concurso público para fortalecer as superintendências regionais e reforçou o compromisso do Governo Federal com a descentralização econômica.
O Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) terá um orçamento de R$ 1,9 bilhão para 2025, destinado a projetos estruturantes como a ferrovia Transnordestina. Também foi aprovada a ampliação de recursos para preservação ambiental, com investimentos projetados de R$ 100 milhões no próximo ano, voltados à proteção da caatinga.