O Superior Tribunal de Justiça (STJ) foi alvo de novos ataques cibernéticos nas últimas 48 horas, resultando em instabilidade no portal da instituição e dificuldades de acesso para usuários. De acordo com uma nota divulgada pelo tribunal, os ataques foram identificados e bloqueados antes de causarem prejuízos ao funcionamento dos sistemas.

“O Superior Tribunal de Justiça (STJ) identificou tentativas de ataque cibernético nesta terça-feira (4), porém essas tentativas foram todas bloqueadas pelas ferramentas informáticas de prevenção a invasões. Os sistemas do tribunal também não foram derrubados”, informou o STJ.

Desde a manhã da terça-feira de Carnaval (4), usuários que tentam acessar o site do tribunal são redirecionados para uma página de validação prévia, antes de conseguirem utilizar os serviços disponíveis.

O setor de tecnologia do STJ explicou que a validação de segurança foi implementada para evitar uma ofensiva do tipo “Negação de Serviço” (Denial of Service – DoS). Esse método é utilizado por hackers para sobrecarregar servidores com um grande volume de acessos simultâneos, resultando na instabilidade ou até mesmo na queda do sistema.

“Para lidar com a situação, como é de praxe, foram ativados mecanismos como a validação de acesso do usuário humano, o que pode causar lentidão, porém sem comprometer o funcionamento do portal e de seus serviços”, acrescentou o tribunal.

Na manhã desta quarta-feira (5), a Agência Brasil relatou que conseguiu acessar o portal do STJ, mas enfrentou verificações de segurança repetitivas durante a navegação. Além disso, a pesquisa pública por processos apresentou falhas e páginas de erro em diversas tentativas. Outros sistemas, como peticionamento eletrônico e busca jurisprudencial, continuaram funcionando normalmente.

Histórico de ataques
Esta não é a primeira vez que o STJ sofre com ataques cibernéticos. Em setembro de 2023, o tribunal enfrentou instabilidades devido a ofensivas de hackers, embora os sistemas tenham sido restaurados rapidamente.

O episódio mais grave ocorreu em novembro de 2020, quando um ataque hacker paralisou o tribunal por cerca de cinco dias, interrompendo julgamentos e comprometendo o funcionamento dos sistemas judiciais. Na ocasião, a ofensiva atingiu dados internos e exigiu um trabalho minucioso da equipe de segurança digital para restaurar o acesso.