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O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria entre seus ministros para validar a decisão do ministro Alexandre de Moraes que determinou a prisão imediata do ex-presidente Fernando Collor de Mello. Condenado a oito anos e dez meses de prisão em regime inicial fechado, Collor foi considerado culpado por participação em esquema de corrupção e lavagem de dinheiro na BR Distribuidora, no âmbito da Operação Lava Jato.
O julgamento, retomado nesta segunda-feira (28), ocorreu após o ministro Gilmar Mendes ter retirado o pedido de destaque que havia interrompido a votação na sexta-feira (25). Com isso, os ministros Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia, Edson Fachin, Dias Toffoli e Flávio Dino acompanharam Moraes, formando a maioria necessária.
O ministro Cristiano Zanin declarou-se impedido de votar por ter atuado como advogado na operação Lava Jato.
A prisão de Collor ocorreu na madrugada de sexta-feira (25) no Aeroporto de Maceió, quando o ex-presidente embarcava para Brasília. Após a detenção, ele foi levado para a Superintendência da Polícia Federal em Maceió e passou por audiência de custódia, onde afirmou não ter problemas de saúde.
A defesa do ex-presidente solicitou prisão domiciliar alegando doenças como Parkinson, apneia do sono grave e Transtorno Afetivo Bipolar.Alexandre de Moraes determinou a apresentação de documentos médicos em 48 horas e decretou sigilo sobre a documentação.
Segundo o STF, Collor, com apoio de Luís Pereira de Amorim e Pedro Paulo Bergamaschi, recebeu R$ 20 milhões para viabilizar contratos irregulares entre a BR Distribuidora e a UTC Engenharia. Em troca, oferecia apoio político para nomeação e manutenção de diretores da estatal.
Moraes também rejeitou os recursos apresentados pelos demais condenados no processo.