Os caminhões da Prefeitura de Sobral foram impedidos, nesta segunda-feira (14), de acessar o local de descarte de lixo gerenciado pelo Consórcio de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos da Região Metropolitana de Sobral (CGIRS-RMS), por falta de pagamento. A suspensão ocorreu após o Município deixar de quitar os repasses referentes aos três primeiros meses de 2025, acumulando uma dívida superior a R$ 1,2 milhão, conforme o consórcio.

O bloqueio atingiu os veículos da prefeitura que tentavam entrar no centro de transbordo e destinação final, situado na CE-183, no distrito de Jordão. Segundo o CGIRS-RMS, a medida foi adotada após repetidas notificações ao Executivo municipal, alertando sobre a inadimplência e as possíveis consequências da continuidade do débito.

A inadimplência gerou queixas de gestores de outros municípios que compõem a Região Metropolitana de Sobral. O consórcio reúne 18 cidades, incluindo, além de Sobral, Alcântaras, Cariré, Coreaú, Forquilha, Frecheirinha, Graça, Groaíras, Massapê, Meruoca, Moraújo, Mucambo, Pacujá, Pires Ferreira, Reriutaba, Santana do Acaraú, Senador Sá e Varjota. A entidade responde pelo transbordo, transporte, tratamento e disposição final dos resíduos sólidos urbanos.

Após a suspensão, a Prefeitura de Sobral informou que firmou um acordo com o consórcio para regularizar os pagamentos e assegurou que o cronograma de coleta de lixo será mantido. O serviço foi retomado ainda no fim da tarde desta segunda-feira.

A situação ocorre poucos meses após a revogação da taxa do lixo no município, aprovada por unanimidade pela Câmara Municipal em janeiro de 2025. A extinção do tributo, criado na gestão do ex-prefeito Ivo Gomes (PSB), foi uma promessa de campanha do atual prefeito, Oscar Rodrigues (União Brasil).