O Senado dos Estados Unidos, de maioria republicana, aprovou nesta terça-feira (28) uma legislação para anular as tarifas de Trump contra o Brasil. A medida visa encerrar a emergência nacional declarada pelo presidente em julho, que foi uma retaliação ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado e outros crimes.

Votação apertada e o próximo passo

A legislação foi aprovada por um placar de 52 a 48, com cinco senadores republicanos se juntando aos democratas. Agora, o projeto segue para a Câmara dos Deputados, que também é controlada pelos republicanos. A expectativa, no entanto, é que a medida seja arquivada, já que a Câmara tem bloqueado repetidamente tentativas de reverter as políticas comerciais de Trump.

Contexto da disputa política

A votação ocorre enquanto Trump está em uma viagem pela Ásia. Os democratas no Senado acusam o presidente de usar declarações de emergência falsas para justificar suas tarifas e prometeram forçar votações contínuas para derrubá-las. Em seu decreto, Trump acusou o Brasil de ameaçar a segurança nacional e a economia dos EUA, além de “perseguir politicamente” Bolsonaro, ignorando o superávit comercial de US$ 410 bilhões que os EUA tiveram com o Brasil nos últimos 15 anos.

Um cenário de incertezas

A anulação das tarifas de Trump contra o Brasil representa uma vitória simbólica para os opositores do presidente, mas seu efeito prático ainda é incerto. A decisão final caberá à Câmara, e o histórico recente sugere que a barreira comercial imposta por Trump deve ser mantida por enquanto.