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Saúde ocular na infância: atenção essencial para o desenvolvimento das crianças

Avaliações regulares podem prevenir e tratar problemas que impactam a qualidade de vida e o desempenho escolar.
Avaliações regulares são indispensáveis para prevenir e tratar condições que podem comprometer o crescimento. (Foto: Unsplash)

A saúde ocular na infância é um dos pilares do desenvolvimento global das crianças. Durante os primeiros anos de vida, a visão passa por um processo de amadurecimento que se completa por volta dos 7 anos. Detectar problemas visuais nesse período é crucial para garantir qualidade de vida, desempenho escolar e um desenvolvimento saudável.

Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) revelam que cerca de 20% das crianças em idade escolar apresentam dificuldades visuais, como miopia, astigmatismo e hipermetropia. Muitas vezes, os sintomas, como dores de cabeça e cansaço ocular, podem ser sutis. “O acompanhamento deve ser adaptado às necessidades de cada criança, podendo ser anual ou semestral”, orienta Fabrício Manzano Bueno, oftalmologista e professor do IDOMED.

Além dos distúrbios comuns, doenças como ceratocone, estrabismo e glaucoma também podem surgir na infância, exigindo diagnóstico precoce. A oftalmologista Larissa Manzano Bueno destaca a importância de hábitos preventivos: “É fundamental manter objetos perigosos fora do alcance das crianças, limitar o tempo de exposição às telas e incentivar atividades ao ar livre para proteger a visão”.

A professora Tania Maria Gebin de Carvalho, do curso de Pedagogia da Wyden, reforça que as escolas têm papel essencial na identificação de problemas visuais. “Os adultos responsáveis devem estar atentos a sinais de deficiências visuais ou auditivas, que nem sempre são fáceis de perceber. A escola, ao orientar as famílias e sugerir consultas oftalmológicas de rotina, especialmente por volta dos seis anos, cumpre uma função estratégica.”

Atividades lúdicas, como jogos de cores e formas, são ferramentas importantes para identificar dificuldades visuais desde cedo. Segundo Tania, o diagnóstico precoce contribui também para a inclusão escolar, permitindo intervenções que minimizem impactos na aprendizagem. “Pequenos problemas de visão podem ser confundidos com desatenção. Identificar e tratar essas questões ajuda a criar um ambiente inclusivo e favorável ao desenvolvimento”, explica.

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