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Rendimento médio dos brasileiros atinge maior valor desde 2012, aponta IBGE

Pnad Contínua mostra aumento de 2,9% em relação a 2023 e recordes na renda por trabalho e número de pessoas com rendimento.
O rendimento médio real dos brasileiros foi de R$ 3.057 em 2024. (Foto: Marcello Casal Jr)

O rendimento médio real dos brasileiros chegou a R$ 3.057 em 2024, o maior valor registrado desde o início da série histórica em 2012, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quinta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O valor representa um aumento de 2,9% em relação a 2023 e supera o recorde anterior, de R$ 2.974.

O levantamento inclui rendimentos provenientes de trabalho, aposentadorias, pensões, programas sociais, alugueis, aplicações financeiras, bolsas de estudo, entre outros. Além disso, a proporção de brasileiros com algum tipo de rendimento subiu de 64,9% para 66,1% da população, o que corresponde a 143,4 milhões de pessoas.

Outro destaque foi o rendimento domiciliar per capita — média da renda de todos os moradores de uma residência, incluindo quem não tem renda. Em 2024, o valor foi de R$ 2.020, também o maior da série histórica, com alta de 4,7% em relação a 2023 e de 19,1% frente a 2012, quando era R$ 1.696.

Trabalho impulsiona aumento

Os rendimentos do trabalho representaram 74,9% do total da renda domiciliar e foram determinantes para o aumento geral. A média de rendimentos de quem trabalha foi de R$ 3.225, um recorde histórico, com base em dados da população com 14 anos ou mais. A pesquisa mostra ainda que 47% dos brasileiros nessa faixa etária tinham renda de trabalho, o maior índice da série.

Em 2024, o número de pessoas com renda proveniente do trabalho foi de 101,9 milhões, aumento de 1 ponto percentual em relação a 2023, quando era 46%.

Outras fontes de renda

Além dos ganhos com trabalho, a Pnad Contínua aponta que:

  • 13,5% da população tem rendimento de aposentadoria e pensão, com média de R$ 2.520;

  • 9,2% recebem de programas sociais, com valor médio de R$ 771;

  • 2,2% têm pensão alimentícia, doações e mesadas, com média de R$ 836;

  • 1,8% recebem aluguéis ou arrendamentos, com média de R$ 2.159;

  • 1,6% têm outros rendimentos (como aplicações financeiras, bolsas e direitos autorais), com média de R$ 2.135.

A categoria “outros rendimentos” apresentou o maior crescimento proporcional em relação a 2023, com alta de 12%.

Massa de rendimento também bate recorde

A massa de rendimento domiciliar per capita — soma de todas as rendas no Brasil — chegou a R$ 438,3 bilhões mensais em 2024, o maior valor da série histórica. O total representa uma alta de 5,4% em relação a 2023 e de 15% em relação a 2019, antes da pandemia. Desse total, R$ 328,6 bilhões vieram de rendimentos do trabalho.

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