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Protesto marca visita de rei e primeiro-ministro a área atingida por inundações na Espanha

Moradores expressam indignação por falhas em alertas e resposta às enchentes em Valência, que já deixaram mais de 200 mortos.
O desastre já causou 217 mortes na região de Valência. (Foto: Eva Manez)

Centenas de moradores do subúrbio de Paiporta, em Valência, na Espanha, protestaram neste domingo (3) durante a visita do rei Felipe VI e do primeiro-ministro Pedro Sánchez, lançando lama nas autoridades e gritando “assassinos” em protesto contra a falta de alertas e a resposta tardia às inundações que devastaram a região na última terça-feira. O desastre já causou 217 mortes, com dezenas de desaparecidos e milhares de pessoas ainda sem eletricidade.

A revolta da população local se deve ao fato de os avisos sobre a gravidade da tempestade terem sido considerados tardios e a resposta dos serviços de emergência insuficiente. “Era sabido e ninguém fez nada para evitar,” afirmou um jovem ao rei Felipe VI, que continuou a dialogar com a população, enquanto o primeiro-ministro se retirou do local.

O governo espanhol apontou que a responsabilidade de emitir alertas cabe às autoridades regionais, enquanto as autoridades de Valência afirmaram que agiram conforme as informações disponíveis. O primeiro-ministro Pedro Sánchez garantiu que eventuais negligências serão investigadas.

As inundações em Valência já são consideradas o pior desastre relacionado a enchentes na Europa desde 1967, quando 500 pessoas morreram em Portugal. Especialistas atribuem a frequência crescente de eventos climáticos extremos às mudanças climáticas e ao aquecimento do Mediterrâneo, que intensifica as chuvas torrenciais na região.

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