A produção de óleo no pré-sal no último trimestre de 2024 foi de 1,76 milhão de barris por dia (Mbpd), uma redução de 3,4% em relação ao trimestre anterior, segundo a Petrobras. O recuo foi atribuído ao maior volume de paradas para manutenção no campo de Búzios, parcialmente compensado pelo aumento da produção do FPSO Sepetiba e pela entrada em operação dos FPSOs Maria Quitéria e Marechal Duque de Caxias.

A empresa também registrou uma queda na produção do pós-sal no último ano. O volume de 305 mil barris por dia representou uma redução de 20% em comparação a 2023. Segundo a estatal, a diminuição ocorreu devido à restrição da produção nas plataformas que voltaram a operar ao longo do quarto trimestre, além do declínio natural dos poços. No entanto, a companhia destacou que, ao longo de 2024, houve o aumento gradual da produção da plataforma Anna Nery e a entrada em operação de quatro novos poços na Bacia de Campos.

Já a produção em terra e águas rasas apresentou um aumento no quarto trimestre de 2024, alcançando 35 mil barris por dia, 3 mil a mais que no trimestre anterior, impulsionada pela redução de perdas com paradas para manutenção. No entanto, ao longo do ano, a produção nesse segmento caiu para 34 Mbpd, uma redução de 9 Mbpd em relação a 2023, reflexo dos desinvestimentos da companhia e do declínio natural da produção.

Recordes de produção e vendas

Apesar da queda na extração de petróleo, a Petrobras alcançou recordes na produção de combustíveis. A produção de gasolina atingiu 420 mil barris por dia (bpd), enquanto o diesel S-10 chegou a 452 mil bpd. No acumulado do ano, as vendas de diesel S-10 representaram 64% do total de vendas de óleo diesel, superando o recorde de 62% registrado em 2023. Houve também um aumento de 5,8% nas vendas de querosene de aviação (QAV) em 2024, consolidando a recuperação do setor aéreo.