Poder
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A prisão preventiva de Jair Bolsonaro, cumprida pela Polícia Federal (PF) na manhã deste sábado (22), gerou dúvidas sobre o que a medida significa na prática. Diferente do início do cumprimento de uma pena, a prisão preventiva é um instrumento cautelar utilizado pela Justiça para garantir a ordem pública, a instrução do processo ou a aplicação da lei penal.
No caso de Bolsonaro, a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi baseada na “manutenção da ordem pública”. As autoridades entenderam que a convocação de uma vigília em frente à casa do ex-presidente, que cumpria regime domiciliar, representava um risco à segurança.
Portanto, a detenção não ocorreu porque sua condenação se tornou definitiva (trânsito em julgado), mas sim para evitar possíveis tumultos. Bolsonaro foi levado para uma sala de Estado na Superintendência da PF.
A defesa do ex-presidente já havia se antecipado e protocolado um pedido no STF para que ele fosse mantido em regime domiciliar. Os advogados argumentam que o estado de saúde de Bolsonaro é frágil, citando “múltiplas doenças graves” e sequelas da facada de 2018. Foram anexados 11 laudos médicos para justificar o pedido. A defesa também mencionou um relatório da Defensoria Pública do DF sobre as condições precárias do presídio da Papuda para idosos.