Economia
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A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do Brasil, subiu de 4,84% para 4,89% em 2024, segundo o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (16) pelo Banco Central. A meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, colocando o teto em 4,5%, ou seja, abaixo da estimativa atual.
Para 2025, a projeção subiu de 4,59% para 4,6%, enquanto para 2026 e 2027, as estimativas são de 4% e 3,66%, respectivamente. A partir de 2025, o Brasil passará a adotar um sistema de meta contínua, com o centro da meta fixado em 3%.
O Banco Central elevou a taxa Selic para 12,25% ao ano na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em dezembro, marcando o terceiro aumento consecutivo. O BC sinalizou novas elevações de 1 ponto percentual nas reuniões de janeiro e março de 2025, caso os cenários de inflação e incerteza econômica global se confirmem.
As projeções indicam que a Selic poderá alcançar 14% ao ano em 2025, antes de ser reduzida para 11,25% em 2026 e 10% em 2027. A política de juros altos visa controlar a inflação ao conter o consumo e estimular a poupança, mas pode limitar o crescimento econômico.
A expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2024 subiu de 3,39% para 3,42%, após uma alta acumulada de 3,3% de janeiro a setembro deste ano, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para 2025, 2026 e 2027, o mercado projeta crescimento de 2,01% e 2% nos dois últimos anos.
No câmbio, o dólar é estimado em R$ 5,99 para o final de 2024 e R$ 5,85 para 2025. A moeda norte-americana segue pressionada pela volatilidade econômica global e pela política monetária interna.