Ceará
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A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) deflagrou, nesta sexta-feira (14), a segunda fase da Operação Strike, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa ligada ao Comando Vermelho (CV). A facção, com origem no Rio de Janeiro, tem atuado no município de Caridade e é investigada por ataques contra empresas provedoras de internet, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e homicídios.
Até as 7h da manhã, a operação já havia resultado na prisão de três suspeitos, na apreensão de cinco veículos e na localização de uma arma de fogo. As ações ocorrem nas cidades de Caridade, Canindé e Fortaleza.
A investigação revelou que o grupo criminoso tem realizado ataques sistemáticos contra provedores de internet no Ceará, visando forçar as empresas a repassarem parte da mensalidade paga pelos clientes à facção criminosa. Desde 22 de fevereiro, foram registrados oito atentados contra companhias do setor em Fortaleza, Caucaia, Caridade e São Gonçalo do Amarante.
As ações criminosas incluem corte de cabos de internet, incêndio de veículos e tiros contra sedes de empresas. Diante da violência dos ataques, algumas empresas chegaram a suspender as atividades em determinadas regiões do estado. Até o momento, pelo menos quatro provedores foram alvos diretos das investidas da facção criminosa.
Primeira fase
A primeira fase da operação, realizada na quarta-feira (12), resultou na prisão de 17 pessoas, entre elas cinco donos de operadoras clandestinas de internet, suspeitos de atuar a serviço do Comando Vermelho.
A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) segue investigando a extensão da atuação da facção no estado e novas prisões podem ocorrer nos próximos dias. Segundo o delegado Alisson Gomes, os criminosos exigiam pagamentos das empresas sob ameaças de novos ataques.
A Secretaria da Segurança Pública do Ceará (SSPDS) e as empresas afetadas ainda não divulgaram o número de pessoas impactadas pelos atentados e pelas falhas no serviço de internet. As autoridades reforçaram o compromisso em combater o crime organizado e garantir a segurança dos cidadãos cearenses.