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A polícia argentina utilizou canhões de água e balas de borracha, na quarta-feira (12), para reprimir milhares de manifestantes que protestavam contra os cortes de pensões implementados pelo governo do presidente Javier Milei. O ato ocorreu em frente ao Congresso Nacional, em Buenos Aires.
De acordo com o Ministério da Segurança, entre os manifestantes estavam aposentados e torcedores violentos, conhecidos como hooligans, que foram flagrados pelas câmeras atirando pedras e objetos contra os policiais.
Cortes e impacto social
Milei, que assumiu a presidência no final de 2023, vem promovendo cortes expressivos nos gastos públicos para tentar restaurar o equilíbrio fiscal. No entanto, líderes sindicais e políticos da oposição afirmam que as medidas estão impactando os setores mais vulneráveis da população.
O senador Martín Lousteau, da União Cívica Radical, criticou o governo em publicação no X (antigo Twitter):
“Não é que não haja dinheiro. Há uma decisão política de abandonar nossos idosos.”
Ele reforçou que, embora concorde com um Estado mais eficiente, não se pode permitir que os cortes sejam feitos às custas da saúde e da dignidade dos aposentados.
Sem números oficiais sobre feridos e prisões
Até o momento, o governo argentino não divulgou o número oficial de prisões ou feridos nos confrontos. A repressão ao protesto ocorre em meio ao clima de tensões sociais crescentes, impulsionadas pelas reformas econômicas de Milei.