Ceará
Ceará
Entre setembro e novembro, período marcado pelos fortes ventos, ocorre a polinização de diversas espécies de plantas, entre elas o cajueiro, muito comum no Ceará. Segundo especialistas, o pólen liberado nessa fase é um dos principais responsáveis pelo aumento nos casos de rinite alérgica e outras reações respiratórias.
A médica da UPA Autran Nunes, Luiza Marques, explica que os sintomas mais comuns são espirros repetidos, nariz entupido, coceira no nariz, olhos e garganta, além de vermelhidão e lacrimejamento ocular. Em pacientes com doenças pré-existentes, como asma e bronquite, também podem surgir tosse seca, chiado no peito e falta de ar.
De acordo com a especialista, crianças e idosos formam o grupo mais suscetível a apresentar sintomas mais graves, exigindo maior atenção. Pessoas com histórico de alergias respiratórias ou doenças crônicas também precisam redobrar os cuidados, já que o risco de crises aumenta nesse período.
Casos mais leves, como resfriados simples e rinite, podem ser atendidos em postos de saúde. Já situações como falta de ar persistente, chiado no peito, febre alta ou sinais de desidratação devem ser avaliadas em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
Luiza Marques alerta ainda que sinais como inchaço nos lábios, língua ou rosto, acompanhados de dificuldade respiratória, exigem procura imediata por socorro médico.
Além do pólen do cajueiro, condições climáticas e ambientais também contribuem para o aumento das alergias no Ceará entre setembro e novembro. Entre os principais estão a baixa umidade do ar, poeira acumulada, fumaça de queimadas e mudanças bruscas de temperatura.
Para reduzir os riscos, médicos recomendam hidratação frequente, limpeza dos ambientes e evitar exposição à poeira e poluição.