STF mantém prisão de suspeitos por morte de Marielle
Decisão foi tomada por unanimidade e a ordem de prisão foi analisada de modo virtual
Da Redação
26/03/24 • 15h37
Por unanimidade, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta segunda-feira (25) manter a prisão dos três suspeitos de planejarem e mandarem matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, cujos assassinatos ocorreram em 2018.
Os ministros Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Luiz Fux seguiram o voto do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo, que determinou a prisão preventiva dos três no domingo (24). A ordem de prisão foi analisada de modo virtual, em sessão de julgamentos de 24 horas iniciada nesta segunda-feira.
Na decisão, Moraes destacou “fortes indícios de materialidade e autoria” do planejamento do assassinato pelos três presos, além de manobras para encobrir a autoria do crime e atrapalhar as investigações. O único a apresentar um voto por escrito além do relator foi o ministro Dino, que justificou as prisões preventivas diante de um “ecossistema criminoso” montado para encobrir a autoria do crime.
Os ministros seguiram o parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), que argumentou que os três continuariam a obstruir as investigações se permanecessem em liberdade, utilizando seu poder econômico e contatos com redes ilícitas no Rio de Janeiro.
Os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, além do delegado da Polícia Civil Rivaldo Barbosa, foram detidos na Operação Murder Inc. Domingos e Chiquinho Brazão foram levados à Brasília pela Polícia Federal e, no caso de Chiquinho, sua prisão precisa ser apreciada pelo plenário da Câmara dos Deputados. A principal motivação do crime, segundo relatório da Polícia Federal, envolve disputas pela regularização de territórios no Rio de Janeiro.