Relator do Conselho de Ética vota pela continuidade de investigação contra deputado Glauber Braga

Relatório preliminar que mantém investigação contra parlamentar do PSOL/RJ é lido, mas votação é adiada após pedido de vista.

Da Redação
29/08/24 • 13h25

Glauber Braga (PSOL/RJ) é alvo de investigação pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar na Câmara dos Deputados. (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

O deputado Paulo Magalhães (PSD/BA), relator do processo que investiga o deputado Glauber Braga (PSOL/RJ) no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, votou nesta quarta-feira (28) pela continuidade das investigações. O relatório preliminar, que recomendou a abertura de procedimento, teve sua votação adiada após um pedido de vista.

Glauber Braga enfrenta um processo por quebra de decoro parlamentar após ter empurrado e expulsado da Câmara dos Deputados um militante do Movimento Brasil Livre (MBL), que o havia insultado. Ao saber da decisão do relator em favor da continuidade do processo, o deputado do PSOL acusou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP/AL), de articular sua cassação no Conselho de Ética. Braga, que esperava o arquivamento do processo, classificou o relatório de Magalhães como fruto de um “conluio” para retirar seu mandato.

Em resposta às acusações de Braga, o presidente da Câmara, Arthur Lira, afirmou em nota que xingamentos e ofensas pessoais são comportamentos incompatíveis com o decoro parlamentar, destacando a necessidade de repulsa a tais episódios. O presidente do Conselho de Ética, Leur Lomanto Júnior (União/BA), também respondeu às acusações de Braga, negando qualquer armação no conselho e pedindo respeito.

O relator Paulo Magalhães, por sua vez, refutou as acusações de conluio com Lira e declarou que a defesa de Braga o incrimina ainda mais. Magalhães afirmou que sua decisão visa apenas a continuidade das investigações, sem qualquer intenção prévia de cassar o mandato do deputado.

A votação do relatório preliminar, que estava prevista para esta quarta-feira, foi adiada devido ao pedido de vista. O caso seguirá em análise no Conselho de Ética, onde Braga prometeu utilizar sua defesa para denunciar o suposto complô contra ele.