Lula defende combate às mudanças climáticas e fim do desmatamento ilegal até 2030 na ONU

Em discurso na 79ª Assembleia Geral, presidente destaca compromisso do Brasil com o meio ambiente e a erradicação da fome global.

Da Redação
25/09/24 • 04h00

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a Abertura do Debate Geral da 79ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou, nesta terça-feira (24), o compromisso do Brasil com a preservação ambiental e o combate às mudanças climáticas durante seu discurso de abertura na 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York. Lula declarou que o Brasil não tolerará crimes ambientais e prometeu erradicar o desmatamento ilegal na Amazônia até 2030.

Lula enfatizou a interdependência dos países no enfrentamento da crise climática, afirmando que “o planeta está farto de acordos não cumpridos”. Ele mencionou tragédias ambientais recentes, como furacões e inundações, e destacou que o Brasil, com sua diversidade natural, pode ser um “celeiro de oportunidades” no mundo da transição energética, apostando em energias limpas.

O presidente também criticou a lentidão da descarbonização global e defendeu maior cooperação internacional para combater as desigualdades. Lula propôs uma reforma nas instituições financeiras globais, como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI), e pediu a criação de mecanismos para taxar os super-ricos. Ele alertou sobre a crescente desigualdade e o aumento da fome no mundo, afirmando que “o combate à fome é uma escolha política”.