Em sabatina, José Sarto diz trabalhar de olho no segundo turno
Em busca de reeleição, Sarto pretende ampliar alianças e comenta desafios de segurança devido à presença do PCC na cidade.
Da Redação
26/07/24 • 00h50
O prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), expressou otimismo sobre sua candidatura para o segundo turno das eleições municipais de outubro. Em sabatina à Folha de S. Paulo e ao UOL, nesta quinta-feira (25), o prefeito destacou sua estratégia de buscar alianças com outros candidatos não qualificados para a próxima fase, visando dar continuidade ao desenvolvimento econômico de Fortaleza, atualmente a maior economia do Nordeste.
“É uma eleição. É uma nova pactuação. E, no segundo turno, eu conversar com quem for preciso para que a gente continue esse processo de mudança que estamos fazendo aqui em Fortaleza para que possamos aumentar, avançar nas mudanças”, explicou Sarto.
Durante a entrevista, o prefeito também abordou a questão da segurança pública, mencionando a migração da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) de São Paulo para Fortaleza. Sarto atribuiu a essa mudança um aumento da violência na cidade, destacando a influência negativa do tráfico de armas, drogas e jogos ilícitos.
“Vocês acompanharam aí na imprensa nacional a migração do PCC de São Paulo para Fortaleza, porque encontram aqui um ambiente favorável para a implantação do tráfico de armas, o jogo, as drogas e, lamentavelmente, isso está sendo extremamente prejudicial para a população”, disse o prefeito.
Além disso, Sarto criticou a gestão do presidente Lula, comentando sobre a dificuldade de acesso ao Planalto por parte de seus próprios aliados políticos. “O pior inimigo de uma gestão é o que a gente chama aqui no Ceará de ‘babão’. O ‘babão’ é aquele que diz ‘está tudo certo’, ‘está tudo maravilhoso’, não tem coragem de dizer que está equivocado. Há uma certa blindagem ao Lula. O que se comenta nos bastidores de Brasília, é que ele está completamente blindado, nem mesmo o núcleo duro do PT está conseguindo a ter um diálogo mais aberto, franco [com o Lula]”, criticou o prefeito.