Ceará ganhará 6 novos campi com expansão da Rede Federal de Ensino Técnico

Ao todo, serão 100 novas unidades distribuídas por todo o País.

Da Redação
12/03/24 • 16h08

Durante a cerimônia de anúncio dos novos Institutos Federais, no Palácio do Planalto, Lula divulgou que Quase 4 em cada 10 institutos ficarão no Nordeste. (Foto: Ricardo Stuckert/ Presidência da República)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta terça-feira (12) o plano para expandir a rede federal de educação técnica no Brasil. Com a criação de 100 novos campi de Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs) espalhados por todo o território nacional, a iniciativa visa gerar cerca de 140 mil novas vagas, a maioria em cursos técnicos integrados ao ensino médio. O Ceará será beneficiado com seis novas unidades, uma quantidade superada apenas por São Paulo, que receberá 12, Minas Gerais e Bahia, cada um com oito novos campi.

A proposta de expandir a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica foi anunciada por Lula em dezembro de 2023, durante a Conferência Nacional de Juventude. Com essa iniciativa, o governo federal pretende não apenas aumentar a oferta de educação profissional e tecnológica no país, mas também criar oportunidades de formação para jovens e adultos, especialmente os que se encontram em situações de vulnerabilidade. Instituições especializadas nesse tipo de educação, os IFs oferecem cursos gratuitos que abrangem desde a educação básica até o ensino superior.

“É com base no investimento na educação que a gente pode ter a certeza de que esse país vai chegar a ser um país de primeiro mundo, um país desenvolvido, um país de uma sociedade composta pela grande maioria de gente de classe média. Porque nós não fizemos opção para ser pobre. Aliás, ninguém gosta de ser pobre, ninguém gosta de se vestir mal, ninguém gosta de comer mal, ninguém gosta de morar mal, ou seja, todos nós nascemos para ter acesso a tudo aquilo que a gente produz”, disse Lula, durante a cerimônia no Palácio do Planalto.

Camilo Santana garantiu que os “vazios demográficos” foram observados antes de concluir o plano. (Foto: Ricardo Stuckert/ Presidência da República)

Para viabilizar essa expansão, serão investidos R$ 3,9 bilhões, oriundos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Desse montante, R$ 2,5 bilhões serão destinados à instalação dos novos campi, enquanto R$ 1,4 bilhão irá para melhorias nas unidades já existentes, incluindo construção de refeitórios, ginásios, bibliotecas, salas de aula e compra de equipamentos. Segundo o ministro da Educação, Camilo Santana, os municípios que receberão os novos campi foram selecionados com base em critérios demográficos, na proporção de matrículas de ensino técnico oferecido em cada estado e no número de institutos por população estadual.

A distribuição dos novos IFs favorecerá principalmente o Nordeste, região que receberá 38 dos novos campi. O Sudeste vem em seguida, com 27 unidades planejadas, seguido pelo Sul, com 13, o Norte, com 12, e o Centro-Oeste, com 10. Camilo Santana enfatizou que, além da obrigatoriedade legal de ofertar um mínimo de 50% das vagas para cursos técnicos de nível médio, houve um acordo com os reitores para que as novas unidades destinem 80% das matrículas ao ensino técnico profissionalizante.

“Nós não queremos perder nenhum jovem no ensino médio brasileiro. A escola é a porta para o futuro melhor, a educação transforma vidas, a educação é o grande caminho para transformar uma sociedade mais justa, mais igualitária, mais humana, mais fraterna. E é isso que nós precisamos”, ressaltou o ministro.

Atualmente, a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica é composta por 682 unidades, incluindo os IFs, dois Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets), escolas técnicas vinculadas às universidades federais, a Universidade Tecnológica Federal do Paraná e o Colégio Pedro II. Atualmente, a rede possui 682 unidades e mais de 1,5 milhão de matrículas. Com os novos 100 campi, passará a contar com 782 unidades, sendo 702 campi de IFs.