Cármen Lúcia mantém indenização de Deltan a Lula por caso do powerpoint

A ministra do STF rejeitou o recurso que suspendia o pagamento de R$ 75 mil do ex-procurador da Lava Jato ao então ex-presidente Lula.

Da Redação
23/04/24 • 09h33

Deltan Dallagnol, em 2016, usou powerpoint para acusar Lula de chefiar organização criminosa. (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom)

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou nesta segunda-feira (22) o recurso apresentado pelo ex-procurador da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, para suspender a decisão que o condenou a indenizar o então ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em R$ 75 mil pelo caso do “powerpoint”.

A negativa do recurso se deu por questões processuais. Cármen Lúcia entendeu que não cabe recurso extraordinário para reverter a condenação do ex-procurador.

Em 2016, Dallagnol, então chefe da força-tarefa da Lava Jato, utilizou um powerpoint para acusar Lula de chefiar uma organização criminosa. Porém, os processos contra Lula foram anulados pelo STF, que considerou o ex-juiz Sergio Moro parcial na condução da investigação.

Em março de 2022, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que Dallagnol pagasse R$ 75 mil em danos morais a Lula, após uma apresentação desabonadora feita pelo ex-procurador.

O ex-advogado de Lula e atual ministro do STF, Cristiano Zanin, questionou a conduta funcional de Dallagnol, alegando que ele e outros membros da Lava Jato usaram a apresentação de powerpoint para acusar Lula de liderar uma organização criminosa, utilizando termos desabonadores e linguagem não técnica.