O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, se reúnem nesta segunda-feira para definir os últimos detalhes do plano de contingência contra os efeitos das tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.

O plano deve ser anunciado até esta terça-feira (12) e prevê concessão de crédito para empresas mais impactadas e aumento das compras governamentais. Assim, priorizando pequenos produtores que dependem exclusivamente do mercado norte-americano.

Tarifa de 50% entrou em vigor no dia 6

No último dia 6, passou a valer a tarifa de 50% sobre parte das exportações brasileiras, medida assinada em 30 de julho pelo presidente dos EUA, Donald Trump. A ação atinge 35,9% das mercadorias enviadas ao mercado americano, equivalentes a 4% do total exportado pelo Brasil.

Para dimensionar o impacto, o governo deve criar um parâmetro que leve em conta o grau de dependência das exportações de cada setor em relação aos EUA. Dessa maneira, a medida ajudará a direcionar recursos e definir as ações mais urgentes.

Setores não afetados seguem com tarifa de 10%

O governo também busca ampliar a lista de produtos que permanecem fora do tarifaço. Atualmente, cerca de 700 itens seguem pagando tarifa de 10%. Dessa forma, entre eles estão suco e polpa de laranja, combustíveis, minérios, fertilizantes e aeronaves civis, incluindo motores, peças e componentes.

Segundo integrantes do Ministério do Desenvolvimento, a meta é minimizar perdas, preservar empregos e manter a competitividade das exportações brasileiras no mercado internacional. Portanto, as negociações com autoridades norte-americanas seguem lideradas por Alckmin, em diálogo direto com o setor produtivo.