Ceará
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Representantes de diversas instituições participaram, na última semana, de uma reunião do Grupo de Trabalho (GT) para a criação do Geoparque Sertão Monumental (GSM). O encontro, realizado no Departamento de Geografia da Universidade Federal do Ceará (UFC), em Fortaleza, teve como objetivo definir as ações para consolidar o projeto ao longo de 2025. Estiveram presentes representantes da Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima (Sema), das Prefeituras de Quixadá e Quixeramobim, da UFC, do Instituto Federal do Ceará (IFCE), da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), entre outros.
Valorização do patrimônio natural
De acordo com Carol Viana, articuladora da Coordenadoria de Biodiversidade (Cobio/Sema), o projeto visa valorizar o patrimônio natural singular da região, especialmente os inselbergues – formações rochosas de grande beleza cênica encontradas em Quixadá e Quixeramobim. “A criação do Geoparque busca promover a proteção e conservação desse elemento único, enquanto incentiva a educação e o desenvolvimento sustentável”, explicou Carol.
Características do território
Localizado no Sertão Central, o Geoparque Sertão Monumental abrangerá uma área de 5.345 km², compreendendo os municípios de Quixadá e Quixeramobim. O projeto identifica:
• 14 áreas de alto valor geológico e científico (geossítios);
• 6 áreas de importância regional educativa e turística (sítios de geodiversidade);
• Um total de 20 pontos distribuídos ao longo do território.
Geoparques no mundo e no Ceará
Os geoparques, conforme definição da UNESCO, são territórios de relevância geológica, geridos com uma abordagem que combina conservação, educação e desenvolvimento sustentável com ampla participação comunitária. Atualmente, existem 195 Geoparques Globais da UNESCO espalhados por 48 países. No Ceará, o Geoparque Araripe, localizado no Cariri, já integra essa rede global.