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PGR pede condenação de sete réus do núcleo 4 da trama golpista ligada a Bolsonaro

Paulo Gonet apresentou alegações finais ao STF e reforçou acusações contra ex-aliados do ex-presidente por uso da máquina pública para atacar o sistema eleitoral.
A ação penal do núcleo 4 é a segunda mais avançada entre os quatro processos abertos no STF sobre a tentativa golpista. (Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom)

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentou na noite de quarta-feira (3) as alegações finais ao Supremo Tribunal Federal (STF) na ação penal que trata do núcleo 4 da trama golpista relacionada ao ex-presidente Jair Bolsonaro. A PGR pediu a condenação de sete réus, acusados de usar a estrutura do Estado para propagar desinformação sobre o sistema eletrônico de votação e desacreditar o resultado das eleições de 2022.

Alegações finais da PGR no STF

Segundo Gonet, a manipulação de informações sensíveis pela máquina pública foi decisiva para mobilizar apoiadores. Ele ressaltou que a estratégia resultou na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023, atos violentos que, segundo o procurador, “não podem ser negados”.

Quem são os acusados do núcleo 4

Foram denunciados: Ailton Gonçalves Moraes Barros, Angelo Martins Denicoli, Carlos César Moretzsohn Rocha, Giancarlo Gomes Rodrigues, Guilherme Marques Almeida, Marcelo Araújo Bormevet e Reginaldo Vieira de Abreu.

Todos respondem pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

A ação penal do núcleo 4 é a segunda mais avançada entre os quatro processos abertos no STF sobre a tentativa golpista.

O núcleo central da trama golpista

De acordo com a PGR, o núcleo 4 atuava sob o comando do chamado núcleo central, considerado o mais relevante do esquema. Esse grupo é formado por Jair Bolsonaro e mais sete ex-integrantes de seu governo: Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto.

O julgamento do núcleo central começou na terça-feira (2), com a leitura do relatório do processo pelo ministro Alexandre de Moraes. O procurador-geral reforçou a gravidade da tentativa de golpe e defendeu a condenação dos acusados. As defesas também já apresentaram suas sustentações orais.

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