Economia
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O Conselho de Administração da Petrobras aprovou, nesta quinta-feira (21), o Plano de Negócios 2025-2029, com previsão de investimentos totais de US$ 111 bilhões. Desse montante, US$ 98 bilhões serão destinados à Carteira de Projetos em Implantação, enquanto US$ 13 bilhões estão reservados para a Carteira de Projetos em Avaliação.
A maior parte dos recursos será aplicada no segmento de Exploração e Produção (E&P), que receberá US$ 77 bilhões, com 60% destinados aos ativos do pré-sal. Outras áreas contempladas incluem Refino, Transporte e Comercialização (US$ 20 bilhões), Gás e Energias de Baixo Carbono (US$ 11 bilhões) e projetos corporativos (US$ 3 bilhões). No setor de refino, a Petrobras busca ampliar a capacidade de destilação de 1.813 mil barris por dia (bpd) para 2.105 mil bpd, além de aumentar a oferta de combustíveis mais sustentáveis, como o Diesel S10.
O planejamento estratégico da Petrobras também prevê metas de longo prazo. Até 2050, a estatal pretende neutralizar suas emissões operacionais e consolidar sua participação como fornecedora de 31% da oferta primária de energia no Brasil, passando de 4,3 exajoules (EJ) em 2022 para 6,8 EJ em 2050. Esses objetivos estão alinhados ao Plano Estratégico 2050 (PE 2050), que reflete sobre o papel da empresa no futuro energético global.
A Petrobras destinou US$ 16,3 bilhões aos esforços de transição energética, representando um aumento de 42% em relação ao plano anterior. Esses investimentos incluem iniciativas para descarbonizar as operações, desenvolvimento de energias de baixo carbono e projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).
No segmento de Gás Natural e Energia, estão previstos o desenvolvimento de duas usinas termelétricas no Complexo de Energia Boaventura, em Itaboraí (RJ), com implementação condicionada ao sucesso em futuros leilões de capacidade energética.
Raul Lycurgo, presidente da Petrobras, destacou que o plano reflete o compromisso da estatal com a sustentabilidade e a inovação. “Estamos focados em aproveitar as oportunidades no mercado de óleo e gás, priorizando a reposição de reservas, a produção de baixo carbono e a ampliação de produtos mais sustentáveis no portfólio,” afirmou.
Além disso, projetos de revitalização em campos maduros na Bacia de Campos prometem aumentar os fatores de recuperação, enquanto iniciativas em petroquímica e fertilizantes reforçam a expansão da capacidade do parque industrial da empresa.