Os peixes e frutos do mar do Ceará que são exportados para os Estados Unidos foram atingidos pela taxa de 50% anunciada pelo presidente Donald Trump. Para contrapor esse prejuízo, o ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França, sugeriu ao Governo Federal que os alimentos que iriam para os EUA e devem sofrer com a sobretaxa sejam adquiridos pelo Governo Federal e distribuídos no mercado nacional, a preços mais baixos, ou disponibilizados na rede pública. Com isso, esses pescados cearenses poderiam, por exemplo, ser inseridos na merenda escolar.

No ano passado, os pescados foram o segundo principal produto de exportação do Ceará para os Estados Unidos, logo atrás do aço, que permanece isento das taxas norte-americanas. Ao todo, o Ceará exportou US$ 54 milhões em pescado, dos quais US$ 52 milhões foram para os americanos. Nos últimos anos, o estado se tornou o principal exportador de pescados do Brasil.

A China é o principal parceiro comercial do Brasil, mas os EUA são o principal parceiro comercial do Ceará. Aço, pescados, sucos, castanha e pás eólicas são os principais produtos da pauta cearense para os Estados Unidos.