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A Autoridade do Canal do Panamá negou, nesta quarta-feira (5), a alegação do Departamento de Estado dos Estados Unidos de que embarcações do governo norte-americano poderiam atravessar o canal sem pagar taxas. O anúncio ocorre em meio às declarações do presidente Donald Trump, que ameaçou retomar o controle da travessia, uma das mais estratégicas rotas comerciais do mundo.
Em comunicado oficial, a agência autônoma panamenha, que administra o canal sob supervisão do governo local, afirmou que não houve qualquer mudança nas políticas de cobrança de taxas e que está disposta a dialogar com os EUA sobre a passagem de navios de guerra norte-americanos.
A declaração responde a uma nota do Departamento de Estado dos EUA, que havia afirmado que o governo panamenho teria concordado em isentar as taxas de travessia para embarcações militares norte-americanas, gerando economia de milhões de dólares anuais para Washington.
O Panamá tornou-se um ponto de tensão diplomática para o governo Trump depois que o republicano acusou o país de cobrar valores excessivos pelo uso da via. No mês passado, Trump declarou que, se o Panamá não seguisse os “princípios morais e legais” do tratado de transferência do canal, os Estados Unidos exigiriam sua devolução “na íntegra e sem questionamentos”.
Além disso, o presidente norte-americano vem repetindo alegações de que o Panamá teria cedido o controle do canal à China, o que ambos os governos negam.
Nesta semana, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, reuniu-se com o presidente panamenho José Raúl Mulino como parte de uma viagem diplomática pela América Central. Durante o encontro, Mulino reiterou a rejeição do Panamá à ameaça de retomada do canal pelos EUA e afirmou que seu país se retirará da Iniciativa Cinturão e Rota da China, um ambicioso projeto de infraestrutura promovido por Pequim.