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Os economistas Joel Mokyr, Philippe Aghion e Peter Howitt foram reconhecidos com o Prêmio Sveriges Riksbank em Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel por “explicarem o crescimento econômico impulsionado pela inovação”.
O prêmio, concedido pela Academia Real de Ciências da Suécia, é o último Nobel do ano e tem valor de 11 milhões de coroas suecas (cerca de US$ 1,2 milhão).
“Os laureados nos ensinaram que o crescimento sustentado não pode ser dado como certo. A estagnação econômica, e não o crescimento, tem sido a norma na maior parte da história da humanidade”, afirmou o comitê. “O trabalho deles mostra que devemos estar cientes das ameaças ao crescimento contínuo e combatê-las.”
Joel Mokyr, professor da Northwestern University, em Evanston (EUA), recebeu metade do prêmio. A outra metade foi dividida entre Philippe Aghion — professor do Collège de France, do INSEAD e da London School of Economics — e Peter Howitt, professor da Brown University, nos Estados Unidos.
O comitê destacou que Mokyr utilizou análises históricas para identificar os fatores que sustentam o crescimento econômico baseado em inovação tecnológica. Já Aghion e Howitt desenvolveram um modelo matemático de destruição criativa, conceito segundo o qual novos produtos e ideias substituem os antigos, promovendo o avanço econômico.
“Philippe Aghion e Peter Howitt produziram um modelo matemático de destruição criativa — um processo interminável no qual produtos novos e melhores substituem os antigos”, explicou John Hassler, membro do Comitê do Nobel.
Criado em 1969, o Prêmio Nobel de Economia é o mais recente entre os reconhecimentos inspirados no legado de Alfred Nobel, inventor da dinamite. Ele foi concedido pela primeira vez a Ragnar Frisch e Jan Tinbergen, pioneiros na modelagem econômica dinâmica.
Nos últimos anos, o prêmio tem reconhecido estudos voltados a instituições econômicas, desigualdade e inovação tecnológica. Em 2024, os vencedores foram Simon Johnson, James Robinson e Daron Acemoglu, por uma pesquisa que analisou a relação entre colonização e pobreza estrutural.
Entre os laureados mais conhecidos ao longo da história estão Paul Krugman, Milton Friedman e Ben Bernanke, ex-presidente do Federal Reserve dos Estados Unidos.