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Nobel de Química 2025 premia pesquisadores por criação de estruturas metalorgânicas

Susumu Kitagawa, Richard Robson e Omar Yaghi são reconhecidos por desenvolverem materiais capazes de armazenar grandes quantidades de gás em pequenos volumes.
Nobel de Química
As estruturas metalorgânicas (MOFs) são capazes de armazenar grandes quantidades de gás em espaços microscópicos. (Foto: Tom Little)

O Nobel de Química 2025 foi concedido nesta quarta-feira (8) a Susumu Kitagawa (Japão), Richard Robson (Austrália) e Omar M. Yaghi (Estados Unidos) “pelo desenvolvimento de estruturas metalorgânicas”, conhecidas como MOFs (Metal-Organic Frameworks).

A Academia Real Sueca de Ciências, responsável pela premiação, destacou que a descoberta representa a criação de um novo espaço para a química moderna, abrindo caminho para materiais altamente porosos e personalizáveis com aplicações em energia, meio ambiente e indústria farmacêutica.

“Uma pequena quantidade desse material pode ser quase como a mala da Hermione em Harry Potter: capaz de armazenar enormes quantidades de gás num volume minúsculo”, explicou Heiner Linke, presidente do comitê do Nobel.

Estruturas com potencial para múltiplas aplicações

Os MOFs combinam íons metálicos — que funcionam como pilares — e moléculas orgânicas longas, formando cristais com cavidades internas. Essas cavidades atuam como “quartos de hotel” em escala molecular, permitindo o armazenamento seletivo de gases como hidrogênio e dióxido de carbono.

Segundo o comitê do Nobel, as estruturas criadas pelos três pesquisadores “têm enorme potencial, com oportunidades antes imprevistas para materiais personalizados com novas funções”.

Entre as aplicações possíveis estão a captura de carbono, armazenamento de energia, purificação de água e liberação controlada de medicamentos, áreas em que os MOFs já demonstram resultados promissores.

Outros prêmios Nobel da semana

O Nobel de Física, anunciado na terça-feira (7), foi concedido aos cientistas norte-americanos John Clarke, Michel Devoret e John Martinis pela descoberta do efeito túnel quântico macroscópico e da quantização de energia em circuitos elétricos.

Na segunda-feira (6), o Nobel de Medicina reconheceu os pesquisadores Mary Brunkow, Fred Ramsdell e Shimon Sakaguchi por suas descobertas sobre a tolerância imunitária periférica, mecanismo fundamental para evitar que o sistema imunológico ataque o próprio corpo.

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