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A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu neste domingo (20) uma mulher suspeita de envolvimento na emissão de laudos incorretos pelo Laboratório PCS Saleme, que resultaram na infecção de seis pacientes transplantados com HIV. A prisão faz parte da segunda fase da Operação Verum, que visa investigar o caso. A identidade da mulher presa não foi divulgada.
Além da prisão, a operação cumpriu oito mandados de busca e apreensão, com o objetivo de aprofundar as investigações, que são conduzidas pela Delegacia do Consumidor (Decon), com o apoio do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE). Na primeira fase da operação, foram presas quatro pessoas, incluindo o médico Walter Ferreira, sócio do laboratório, e três funcionários.
As investigações apontam que houve falhas no controle de qualidade dos testes, supostamente para reduzir custos. A análise das amostras, que deveria ser realizada diariamente, passou a ser feita semanalmente, o que comprometeu a segurança dos resultados. Dois doadores tiveram laudos negativos para HIV quando, na verdade, eram positivos, o que levou à infecção dos seis pacientes.
O laboratório PCS Lab Saleme foi interditado pela Vigilância Sanitária, e uma nova licitação está em andamento para substituir o laboratório nos exames pré-transplante. O caso também envolve inquéritos sobre a contratação do laboratório pelo governo estadual, e o deputado federal Dr. Luizinho (PP-RJ), cuja família é sócia do laboratório, nega envolvimento na escolha da empresa.