Esporte
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O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio do Núcleo do Desporto e Defesa do Torcedor (Nudetor), solicitou à Polícia Militar do Ceará (PMCE) a suspensão da entrada das torcidas organizadas Torcida Organizada do Ceará (TOC) e A Força da Galera em qualquer evento esportivo no estado. A medida é válida por tempo indeterminado e ocorre após a briga generalizada no Clássico-Rei do futsal, disputado na última sexta-feira (12), no Ginásio Paulo Sarasate, em Fortaleza.
Segundo o promotor de Justiça Edvando França, coordenador do Nudetor, a decisão busca preservar a integridade dos torcedores. “O Ministério Público não pode admitir que episódios como os registrados se tornem recorrentes, sob pena de comprometer a credibilidade dos eventos esportivos e de expor a risco a integridade física e psíquica e emocional de milhares de torcedores, incluindo crianças, idosos e famílias que frequentam os ginásios e estádios.”
A medida inclui também a proibição do uso de camisas, bandeiras e instrumentos que identifiquem as torcidas organizadas nos eventos esportivos do Ceará. Para entrar nas praças esportivas, os materiais precisarão estar descaracterizados.
O MPCE baseou a decisão na Lei Geral do Esporte (Lei nº 14.597/2023), que prevê medidas preventivas contra tumultos e violência em competições esportivas.
Além disso, o ofício enviado à PMCE reforça a necessidade de cumprir o protocolo da Avaliação de Riscos do Futebol (Aref), que determina o nível de policiamento a ser empregado em cada evento esportivo, conforme a rivalidade, fase do campeonato e histórico de confrontos entre torcidas.
O confronto entre Ceará e Fortaleza, válido pelo Campeonato Cearense de Futsal, marcava o retorno do Clássico-Rei ao Ginásio Paulo Sarasate após 21 anos. Porém, poucos minutos após o início da partida, torcedores das duas organizadas entraram em confronto, obrigando a suspensão do jogo e deixando cenas de violência registradas dentro do ginásio.