Poder
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A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi baseada em dois fatores técnicos cruciais: uma notificação de violação da tornozeleira eletrônica e o risco iminente de fuga para uma embaixada em Brasília. Os motivos da prisão de Bolsonaro, detalhados no despacho, apontam para a necessidade de garantir a aplicação da lei penal.
O primeiro ponto que fundamentou a decisão foi um comunicado técnico enviado ao STF pelo Centro de Monitoração Integrada do Distrito Federal. O órgão registrou uma ocorrência de violação no equipamento de monitoramento de Bolsonaro à 0h08 de sexta-feira (22). Para Moraes, o ato demonstra “a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga”, que seria facilitada pela confusão de uma manifestação convocada por aliados.
O segundo argumento central é a localização da residência de Bolsonaro, no condomínio Solar de Brasília. O ministro destacou que o imóvel fica a apenas 13 km do Setor de Embaixadas Sul, uma distância que pode ser percorrida em cerca de 15 minutos de carro. Moraes relembrou no texto que, durante as investigações, apurou-se que o ex-presidente já havia planejado uma fuga para a embaixada da Argentina. Diante da “tentativa de fuga” e da facilidade de deslocamento, o ministro concluiu que a detenção imediata era necessária.