O cinema perdeu um de seus rostos mais magnéticos e enigmáticos. A morte de Udo Kier, ator alemão e ícone do cinema cult, foi confirmada neste domingo (23), aos 81 anos. A informação foi divulgada por seu marido, Delbert McBride, à revista norte-americana Variety. Com mais de 200 filmes no currículo, Kier se tornou uma figura querida do público brasileiro por seus papéis recentes em “Bacurau” (2019) e “O Agente Secreto” (2025).

De Colônia para o mundo

Nascido em Colônia, na Alemanha, em 1944, Udo Kier iniciou sua carreira no cinema em 1966. Sua trajetória foi marcada por colaborações com grandes diretores e por papéis em filmes que se tornaram clássicos do cinema de gênero, como “Carne para Frankenstein” (1973) e “Sangue para Drácula” (1974), ambos de Paul Morrissey. Sua presença singular também marcou blockbusters como “Blade: O Caçador de Vampiros” (1998) e “Armageddon” (1998).

A conexão com o Brasil

Nos últimos anos, Udo Kier fortaleceu seus laços com o cinema brasileiro. Em “Bacurau”, de Kleber Mendonça Filho, ele interpretou o inesquecível Michael, o líder de um grupo de estrangeiros que caçava os moradores da pequena cidade. Mais recentemente, em “O Agente Secreto”, filme cotado para o Oscar 2026, ele viveu um personagem complexo, inicialmente visto como um nazista, mas que se revela um ex-prisioneiro de um campo de concentração.

Papéis Marcantes de Udo Kier:

• Michael em “Bacurau” (2019).
• O “Nazista” em “O Agente Secreto” (2025).
• Barão Frankenstein em “Carne para Frankenstein” (1973).
• Conde Drácula em “Sangue para Drácula” (1974).
• Dragonetti em “Blade: O Caçador de Vampiros” (1998).
• Lorenzini na franquia “As Aventuras de Pinóquio” (1996 e 1999).
• Hans em “Garotos de Programa” (1991).