Poder
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na quarta-feira (2) a prisão de Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio, sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão foi motivada por pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), feito na terça-feira (1º), após o réu fugir para a Argentina.
Léo Índio é réu no STF por suposto envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes invadiram as sedes dos Três Poderes em Brasília. Segundo a acusação, ele participou diretamente das ações e realizou publicações nas redes sociais durante as invasões.
O ministro considerou a fuga do investigado ao exterior como tentativa de obstrução da Justiça, o que motivou a prisão preventiva.
Na semana passada, Léo Índio concedeu entrevista à Rádio Massa FM, de Cascavel (PR), confirmando que está na Argentina há cerca de 20 dias por medo de ser preso. A defesa do réu havia admitido a saída do país e negado o cometimento de crimes, solicitando a rejeição da denúncia, que foi negada pelo STF.
Com a decisão que o tornou réu, Léo Índio passa a responder por cinco crimes: tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, associação criminosa, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, e deterioração de patrimônio tombado da União.