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Antes do amanhecer desta segunda-feira (16), mísseis iranianos atingiram Tel Aviv e Haifa, deixando pelo menos oito mortos, dezenas de feridos e diversos danos materiais em áreas civis e estratégicas de Israel. Os ataques, parte de uma ofensiva iniciada na sexta-feira, ampliam a tensão entre os dois países e agravam a crise geopolítica na região.
Segundo autoridades israelenses, sete mísseis lançados dos mais de cem disparados pelo Irã atingiram o território israelense. Entre os locais danificados estão prédios residenciais, uma escola e uma usina de energia próxima ao porto de Haifa. Em Tel Aviv, mísseis atingiram bairros densamente povoados e causaram danos à filial da embaixada dos EUA, embora sem feridos entre os funcionários.
A Força de Defesa de Israel confirmou que destruiu mais de um terço dos lançadores de mísseis iranianos e matou quatro autoridades de inteligência, incluindo o chefe do setor na Guarda Revolucionária. O país também alertou para a continuidade dos ataques, com o ministro da Defesa, Israel Katz, afirmando que “os moradores de Teerã pagarão o preço em breve”. Apesar disso, Katz afirmou posteriormente que Israel não pretende atingir civis intencionalmente.
Em resposta à ofensiva israelense, o Parlamento iraniano está preparando um projeto de lei para retirar o país do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), medida que poderá agravar a instabilidade regional. O Irã, que nega buscar armas de destruição em massa, diz que a proposta ainda deve levar semanas para ser aprovada.
A situação humanitária é crítica. Pelo menos 24 civis israelenses morreram desde o início da ofensiva, enquanto o número de mortos no Irã chega a 224, sendo 90% civis, segundo o Ministério da Saúde iraniano. A moeda iraniana também sofreu forte desvalorização, com queda de 10% frente ao dólar.
Em Haifa, Tel Aviv, Bnei Brak e Petah Tikva, as equipes de resgate continuam os trabalhos. Vídeos mostram mísseis cruzando o céu sobre Tel Aviv e explosões em diversas áreas. Moradores relataram o impacto dos ataques. “O abrigo explodiu, vimos sangue, destroços, e quando voltamos ao apartamento, não havia quase nada”, contou o chef Guydo Tetelbaun, de 31 anos.
Os Guardas Revolucionários afirmaram que usaram uma nova tática de ataque, supostamente causando interferência nos sistemas de defesa aérea de Israel. No entanto, o governo israelense não confirmou se houve falhas entre os sistemas de interceptação.
O conflito ocorre em meio à já frágil estabilidade regional, abalada pela guerra entre Israel e o grupo Hamas em Gaza. A escalada atual foi discutida na reunião do G7 no Canadá, com o presidente dos EUA, Donald Trump, expressando esperança em um acordo, apesar da continuidade da violência.