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Nesta sexta-feira (24), será exibida pela primeira vez a obra audiovisual “MoneraFungi” (2024), fruto do trabalho coletivo da segunda turma do Ateliê de Criação – Tecnologias Transvestigêneres, do programa Trair o CIStema, promovido pelo Museu da Imagem e do Som do Ceará (MIS-CE). A exibição faz parte da Mostra Transmutações, que ocorre nos fins de semana de janeiro, celebrando o mês da visibilidade Trans, Travesti e Não-Binária.
A Mostra Transmutações marca os dois anos do programa Trair o CIStema e celebra as produções artísticas e culturais das comunidades trans, travestis e não-binárias, promovendo reflexões sobre a diversidade de identidades de gênero. A iniciativa utiliza a museologia comunitária LGBTQIA+ para fortalecer o protagonismo desses grupos na cultura cearense.
“MoneraFungi”: a criação coletiva
Com duração de pouco mais de sete minutos, “MoneraFungi” foi criada por um coletivo de artistas trans e não-binários, entre eles Abeju Ara, Cardoza Santos, Souma, Sunny Maia, Luli Pinheiro e outros. A obra aborda a exclusão social, narrando a história de um grupo de pessoas marginalizadas por um banquete da alta sociedade. Inspirada por relações comunitárias e microbiológicas, a obra sugere novas formas de coexistência baseadas na colaboração e abundância.
“A coletividade surge como possibilidade de vida, afeto e alimentação, para uma população historicamente privada desse alimento vital”, destaca a apresentação da obra. O filme questiona estruturas de exclusão, enquanto celebra a solidariedade comunitária como resistência.
Ateliê Tecnologias Transvestigêneres
A segunda edição do Ateliê de Criação – Tecnologias Transvestigêneres foi realizada entre setembro e novembro de 2024, reunindo 10 pessoas trans, travestis e não-binárias. Os participantes receberam formação artística, tutoria especializada e uma bolsa no valor de R$ 3.600,00. O projeto culminou na criação de “MoneraFungi”, reafirmando o compromisso do programa em promover a representatividade artística e educacional.
O impacto do programa Trair o CIStema
Desde 2023, o Trair o CIStema já realizou diversas ações, incluindo oficinas, rodas de conversa, webinários e produções audiovisuais. A iniciativa busca questionar os pactos de gênero da cisgeneridade, valorizando o protagonismo de pessoas trans, travestis e não-binárias.
“O Brasil lidera há 15 anos os índices de mortalidade de pessoas trans. Nosso papel, enquanto instituição pública de cultura, é criar estratégias para reduzir essas violências e promover o direito básico: o direito de existir”, afirma a coordenação do programa.
Serviço:
PROGRAMAÇÃO ESPECIAL DO MÊS DA VISIBILIDADE TRANS
Estreia da Obra “MoneraFungi”
Obra resultante da 2ª edição do Ateliê de Criação – Tecnologias Transvestigêneres
24 de Janeiro (Sexta) – 17h
Mostra “Transmutações ”
Exibição de Obras do Edital Ocupa MIS Multilinguagem 2022 e 2023 e das 1ª e 2ª edição do Ateliê de Criação – Tecnologias Transvestigêneres
24,25 e 31 de Janeiro e 01 de Fevereiro (Sextas e Sábados) | 18h30 às 20h